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quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Para entender melhor o mundo infantil

O desenvolvimento da sexualidade infantil Escrito por Mário Cordeiro, professor de Pediatria Quarta, 18 Julho 2012 | Visto - 38449 INDÍCE DO ARTIGO O desenvolvimento da sexualidade infantil Página 2 Todas as páginas Página 1 de 3 O desenvolvimento da sexualidade infantil provoca dúvidas e receios nos pais. É importante saber o que é normal e o que representa um sinal de alarme. Sexo e género, sexualidade, orientação sexual, meninos e meninas, pilinhas e pipis... porque vivemos num mundo ainda com muitos mitos, tabus e receios, e também porque há que estabelecer uma clara fronteira entre o que é íntimo e privado e o que é partilhado e público.
DESENVOLVIMENTO DO CONCEITO DE GÉNERO À medida que as crianças crescem apercebem-se de que algumas pessoas são homens e as outras mulheres. E que há meninos e meninas. A identificação começa com o estudo do seu próprio corpo e com a comparação com os outros, reconhecendo dois tipos anatómicos diferentes. Nelas, nos pais e irmãos, e nas pessoas em geral. A determinada altura começam a usar com mais propriedade o masculino e o feminino, sendo corrigidos quando erram, e melhor percebendo que há diferenças, entre o gato e a gata, entre o primo e a prima, embora se surpreendam um pouco porque é que existe uma cadeira e não um cadeiro, um piano e não uma piana, ou porque é que a companheira do sol se chama lua e que a «mulher» do cavalo não seja a cavala. Mesmo com estas confusões e ambiguidades, há uma progressiva compreensão do mundo em duas versões, e aos dois anos e picos já gozam com as situações: «Tenho aqui um pipi.... Ah, ah, ah. É pilinha. Pipi têm as meninas». A diferenciação por género é uma das primeiras categorizações que as crianças fazem e que dividirá o mundo em múltiplas classes e conjuntos, passando pelas formas, cores ou tamanhos.
ESTEREÓTIPOS Os estereótipos podem representar um problema, porque dependem sempre dos critérios que se usam. E esses critérios dependem das sociedades, religiões, famílias e sua estruturação, papéis dos seus componentes, grau de desenvolvimento social, grau de «liberalismo» da visão do mundo, enfim, de múltiplos factores não objectivos nem quantificáveis. Numa família pode ser «óbvio» que quem lava a louça é a mãe. Noutra poderá ser quem calha. Mudar um pneu será próprio do pai enquanto engomar será da mãe. E porquê? Um robot sem sexo e sem género fará ambas as tarefas igualmente bem. Numa sociedade em transição rápida, como a portuguesa, os estereótipos ainda se tornam mais frágeis e questionáveis – os brinquedos traduzem bem o que os adultos esperam das crianças. Durante gerações e gerações, os meninos não brincavam com bonecas nem as raparigas com carrinhos. «Mariquinhas» e «Marias-rapazes» não eram muito bem vistos, embora elas fossem, apesar de tudo, mais bem toleradas do que eles – até porque se assumia existir apenas homossexualidade masculina, que só foi descriminalizada em França em 1792, na Noruega em 1972 – («mera» troca de números) e em Portugal em 1982. O relacionamento lésbico seria apenas um «jogo e demonstração de amizade». Não é por acaso que as redes de pedófilos ainda escolhem, para vítimas, preferencialmente rapazes, pois sabem que eles se vão calar, e que a sociedade duvidará mais deles, rotulando-os de «rabetas».
EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE GÉNERO Cada criança é uma criança diferente, mas podemos considerar, de forma global, o seguinte: 7 meses – os bebés conseguem diferenciar bem a voz das mulheres e dos homens (não misturar com a voz do pai e a voz da mãe, estamos a falar da diferenciação de timbres associados ao género); 12 meses – a criança consegue atribuir a noção de género à cara das pessoas e treinam isso com os pais, demorando-se a olhar para eles. Se ouvirem uma mulher ou um homem a falar, num grupo, irão procurar uma cara de mulher ou de um homem para perceber quem está realmente a falar; 2 anos – as crianças começam a usar o género nas brincadeiras e no jogo. Começa a haver alguma predilecção pelos jogos «de rapariga» ou «de rapaz», não apenas pelo que já foi induzido, explícita ou implicitamente pelos pais e adultos, mas também por alguma noção intrínseca dos respectivos papéis (e que é algo que mora nos nossos genes e na nossa memória antropológica), e pela imitação dos adultos (que têm papéis e representações claramente diferentes); 2-3 anos – a chamada «identidade de género» está definida. Nesta idade, as crianças já sabem que são meninos ou meninas e riem-se se lhes dizemos o contrário, com base sobretudo na anatomia dos seus órgãos genitais; 3-4 anos – começa a categorização do mundo. E não apenas no «género» dos objectos, mas na associação do género entre eles (e os seus pares) e os objectos – os carrinhos para eles, as bonecas para elas; 4-5 anos – há uma compreensão mais vasta das coisas. Pôr maquilhagens será visto como «feminino», mudar uma lâmpada será entendido como «masculino». E daí alguma perplexidade se o pai põe um avental ou se a mãe levanta pesos. Anterior - Seguinte >>
Sexualidade Infantil - dos 2 aos 6 anos O desenvolvimento da sexualidade entre os 2 e os 4 anos coincide, de um modo geral, com o controlo esfincteriano (tirar as fraldas), altura em que a repressão interfere na educação. A família e o meio envolvente encarregam-se de transmitir à criança que um não controlo passa a não ser aceite pelos adultos, que o demonstram através do nojo e desagrado face às fezes e à urina. As regras sociais vigentes para as funções fisiológicas de evacuar e urinar sao rigorosas, sendo intolerável qualquer transgressão. Aliás, importa lembrar que a comunicação de desamor por parte da mãe é o mais eficiente dos recursos para reprimir os sentimentos de prazer e liberdade em relação ao controlo dos esfíncteres. Esta repressão foi, em tempos passados, realizada através da comunicação oral. Hoje, com as constatações científicas de que este comportamento repressivo não é benéfico para a criança, a comunicação oral vem sendo substituída pela comunicação corporal. Terminado o processo de controlo dos esfíncteres, a criança tem concluída a fase de conhecimento do seu corpo e, também, da descoberta dos prazeres por ele proporcionados. Esta etapa do desenvolvimento da sexualidade vai até aos 3/4 anos, idades em que a criança tem já um controlo bastante eficaz sobre o seu corpo, quer do ponto de vista motor, quer da linguagem. Com a conquista destas capacidades, o seu objective passa, agora, a ser o de conhecer o ambiente. No campo da sexualidade, fixa-se em conhecer o corpo do outro e os prazeres que este outro lhe pode oferecer. Como nesta idade as criancas ainda não interiorizaram a moral sexual dos adultos, na sua maioria, mostram o seu corpo e encaram o corpo dos outros de forma natural e espontânea. Dependerá, em parte, das atitudes dos adultos que as rodeiam, pais e educadores, que estas atitudes de naturalidade prevaleçam. A fase de descoberta do corpo do outro inclui a curiosidade pelo corpo da mãe e é nesta fase que tem início a socialização sexual básica da criança, a qual se prolonga até ao início da puberdade. É a fase dos “porquês” e das perguntas sobre as diferenças anatómicas entre os dois sexos, sobre “de onde vêm os bebés”, “como nasceu”; enfim, é uma fase de curiosidade intensa, com uma grande capacidade verbal por parte da criança. Em princípio, se as crianças perguntam, neoessitam, obviamente, de explicações, ainda que simples e adaptadas ao seu desenvolvimento e às suas particularidades individuais. Sensivelmente a partir dos 3 anos, a criança inicia o relacionamento interpessoa) com outras crianças. A interacção entre os pares, em grupos mistos de rapazes e raparigas, confronta a crianca com outros pontos de vista, o que e essencial ao seu desenvolvimento afectivo. Entre os 3/4 anos. a criança sabe a que sexo pertence e classifica-se de acordo com ele, através de um conjunto de comportamentos regidos pelos papéis sexuais atribuídos a um ou ao outro sexo. Assim, para além de saber a que sexo pertence. a crianga utiliza o meio envofvente, brinquedos, roupas, jogos e/ou actividades para se auto-classificar. É a fase em que é comum ouvirmos que “não visto esta cor porque é de menina”, “não quero estas calças que são de menino”, “este brinquedo é de menina/o”. Isto significa que a identidade sexual e o papel atribuído ao seu sexo regulam já a maioria dos seus comportamentos. Na fase final desta faixa etária - 6 anos - inicia-se um processo natural de construção do pudor. Para que essa construção da privacidade e da intimidade se desenvolva, é importante que os adultos respeitem o espaço da criança, nomeadamente através dos seus comportamentos (não tomar banho com a criança; não a deixar dormir, sistematicamente, na cama dos pais, entrar na casa de banho somente se a criança o solicita ou permite). Esta consideração dos adultos pelo crescimento da criança e por estes novos sentimentos de vergonha vão permitir á criança o respeito por si própria e também o respeito pelos outros e pelas normas que cada vez mais lhe vão sendo exigidas, nomeadamente com a entrada para a escoia do 1.º Ciclo. Para saber mais consultar: - Os Afectos e a Educação Sexual no Pré-Escolar - Um Guia para Educadores e Formadores - Educação Sexual no 1.º Ciclo
Limites para uso da Internet O mundo virtual também precisa de limites A Internet é um local onde as crianças encontram ampla oportunidade educacional, pesquisam os mais diversos assuntos, entram em contato com as diversidades do mundo, se divertem ou simplesmente relaxam. O que os pais precisam saber é que igual ao mundo real, no virtual também existem perigos para a criançada. Crianças não têm capacidade de julgar o suficiente para determinar o que é bom ou ruim para elas e são facilmente enganadas por informações ou pessoas falsas, passando seus dados pessoais via Internet. O vício pela Internet interfere diretamente naquilo que os avós e pais certamente tiveram na infância: a liberdade para brincar nas ruas e fazer amizades através de relações pessoais, e não à distancia. Nesse momento, os pais exercem papel fundamental na educação dos filhos em relação ao mundo idealizado do computador. Crianças menores de 10 anos não devem navegar sozinhas. O ideal é que os menores estejam sempre acompanhados de um adulto para orientação do certo e do errado. Não que a Internet seja um bicho-papão. Ao contrário. A garotada da fase pré-escolar pode usufruir a diversidade de sons, imagens e cores que a Internet proporciona. Sempre esteja com a criança mostrando fotos da família, visitando sites infantis e já ensinando regras de segurança como o de não passar seu nome para alguém ou site que peça qualquer tipo de informação pessoal. Incentive a chamá-lo quando algo diferente acontecer. Fases - Aos 6 anos, a criança já quer explorar o computador sozinho e experimentar suas novas habilidades como leitura e atividades motoras. Existem páginas feitas especialmente para o público infantil, com ferramentas de pesquisa próprias para a idade. Nunca deixe de monitorar e ajudar. As crianças de 7 ou 8 anos geralmente despertam o interesse pelas salas de bate papo ou por sites que seus amigos navegam. Permita que tenha um endereço de email compartilhado com a família, ensine a consultá-lo antes de fazer algum download ou fornecer qualquer tipo de informação. Nesta idade é bom fazer em conjunto com a criança uma lista de regras de uso da Internet e deixar do lado do computador. Esta lista deve conter alguns itens importantes, tais como o que seus filhos podem fazer na Internet e quanto tempo ficar, como proteger senhas e informações pessoais, como agir em salas de bate papo e com pessoas que o incomodarem. Se a criança tiver alguma dúvida, é importante conversar com os pais e não encontrar pessoas que conheçam na Internet sem permissão deles. Proteção dos pais - Mantenha o computador conectado à Internet em um local de uso comum na casa para que você possa supervisionar com facilidade as atividades online de seus filhos e compartilhar dessa experiência com eles. Além do acompanhamento dos pais, existem ferramentas de filtragens que barram o acesso das crianças a sites proibidos cadastrados e atualizados pelo fornecedor do software e também pelos pais. Dessa forma, as crianças aprenderão a lidar de maneira concreta com o que é mau sem deixar de saber que existem sites de pornografia, drogas ou violência. Serão crianças bem seletivas e não se deixarão levar pelas oportunidades falsas. Mostrar o grande volume de informações disponíveis com o clique de um botão é possibilitar a absorção de conhecimento adequado pela criança, mas sempre com a participação dos pais. O mundo virtual deve fazer parte da vida da família assim como o mundo real. Bruno Rodrigues Fóruns e Grupos
Atividade física oxigena raciocínio das crianças O futuro dos filhos é uma das grandes preocupações dos pais. Mercado de trabalho cada dia mais concorrido, fluência em pelo menos três línguas entre outros requisitos. As escolas também embarcaram nessas preocupações e a grade curricular está mais cheia de informações e aulas extras, diminuindo significativamente as práticas físicas. Um estudo feito pela Universidade de Illinois, Estados Unidos, conclui que tanta atividade extra pode “ensinar” menos que uma simples aula de futebol ou queimada, comum nas aulas de educação física. Nele há a evidência que atividades físicas antes, durante ou depois das aulas aumentam o poder de concentração das crianças, isto é, as crianças aprendem mais. Foram realizados testes cognitivos em 20 crianças de nove anos de idade, sendo oito meninas e doze meninos. Em um primeiro dia, as crianças foram retiradas da sala de aula e os testes foram aplicados depois de 20 minutos de descanso. Já em um segundo momento, as crianças foram testadas depois de 20 minutos de caminhada na esteira. Testes com conteúdo escolar, como escrita, interpretação de texto e matemática, foram realizados da mesma forma. As crianças obtiveram maior êxito depois da caminhada na esteira tanto nos testes cognitivos quanto com os de conteúdo escolar. Uma observação que os coordenadores do estudo fazem é que caminhar na esteira não é um exercício propício para crianças. O resultado poderia ser ainda melhor se a atividade que a criança faça seja de acordo com a sua idade e sua preferência. Seu filho precisa suar - Não é preciso tirar exemplos de estudiosos para exaltar a importância da educação física no desenvolvimento infantil. Em uma brincadeira de “queimada”, por exemplo, a criança raciocinar a força a ser empregada na bola, velocidade em escapar da bola, a pontaria. O mesmo procedimento se aplica basicamente no futebol e outros esportes. Os pais e as escolas não devem deixar de lado as brincadeiras e atividades físicas das crianças. Não adianta deixar os filhos com a agenda completa somente com a escola, aulas de línguas e computação. Não transforme o filho em um mini-adulto. Já não basta a vida concorrida que o pequeno terá quando crescer. Não vale antecipar essa competição. A atividade física, incluindo aí brincadeiras como esconde-esconde, pega-pega, passeios no playground, são importantíssimas para o melhor desempenho nas atividades intelectuais. A grade curricular das escolas também deve incluir entre as aulas um espaço para as crianças brincarem ou até mesmo aulas de educação física. Um lugar adequado como playground ou uma quadra, mesmo que pequena, também é um ambiente para as crianças se divertirem e melhorarem o rendimento escolar. Dicas Se a escola do seu filho não tem espaço para brincadeiras, leve-o para passear no parque ou pracinha perto de casa. Esportes ou algum lugar onde a criança possa brincar com um profissional adequado devem fazer parte da agenda da criança como aula de línguas. Atividade física faz bem para a saúde e para o desempenho na escola. Lembre-se sempre disso. Bruno Rodrigues Puxão de orelha às crianças sedentárias
A Organização Mundial de Saúde (OMS) entende como primordial que as crianças façam uma hora de atividade física, no mínimo, em pelo menos cinco dias da semana. Pergunto: seu filho faz cinco horas de exercícios por semana? A dúvida aparece quando paramos para pensar no que isso significa. Antigamente não existia nada nem ninguém que recomendasse horas para uma criança fazer atividade física. Hoje isso é indicado internacionalmente. Por que isso acontece? Papai e mamãe devem pensar na sua própria infância, como brincavam e onde brincavam. Certamente muitos ainda fazem parte de uma infância onde computadores e videogames eram raros e as brincadeiras de rua com os amigos eram as mais gostosas. Havia menos violência e o medo dos pais era muito menor. Hoje a violência aumentou e os pais se recusam a deixar os seus filhos a brincarem na rua com amigos, com toda a razão. Jogos de computadores, de videogames e televisão são as principais atividades das crianças, que se desenvolvem em ambientes cada vez menores, como apartamentos pequenos, alguns deles com playgrounds menores. Esse confinamento, logicamente, potencializa o sedentarismo infantil, ocasionando doenças que antes eram relacionadas somente a adultos (obesidade e diabetes). Esses problemas poderão trazer conseqüências negativas na fase adulta, sobretudo ao coração, certamente o que mais sofre com o sedentarismo. Exercitar nem sempre é matricular o filho em academias. Um recado às crianças: brinque, brinque e brinque. Brincar até cansar... - Queimada, esconde-esconde, pega-pega, dança das cadeiras, vivo ou morto, estátua, dançar, jogar bola, andar de bicicleta, pular corda...quem não tem boas lembranças. São atividades que podem ser realizadas em parques, praças ou até mesmo em casa. Os pais devem achar um tempo na agenda corrida para brincar com seus filhos A partir dos sete anos, as crianças passam a assimilar melhor regras de jogos. Portanto, colocá-las em algum esporte já é recomendado sem o intuito competitivo. O esporte, além de movimentar o corpo, fortalece o convívio social onde a criança aprende a respeitar o amigo e as regras, trabalho em grupo e a ganhar e perder, coisas que levará para o resto da vida assim como a saúde. Assim que a criança completar treze anos, o foco pode ser a competição se orientado por um educador físico. Mas isso deve ser feito se a criança aceitar. Nada de forçar a barra para que ele participe de competições e treine para ser um "campeão". Tendo uma vida saudável, realizando atividades físicas desde a infância, o risco de se tornar um adulto sedentário com aparecimento de doenças é bem menor. Pense nisso. Dicas A criança precisa de uma rotina. Adicionando a essa rotina uma atividade física a criança dormirá e comerá melhor do que uma criança sedentária. Em dia de chuva, afaste os móveis da sala e faça uma festa com a criançada com muita música e dança. Quando for para lugares próximos como padaria, farmácia ou mesmo a escola faça seu filho caminhar ou pegar a bicicleta para pedalar um pouco, mesmo que seja uma volta no quarteirão. Bruno Rodrigues
Marcinha Ed.Física

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Continente Africano

África A África é o terceiro continente mais extenso com cerca de 30 milhões de quilômetros quadrados, cobrindo 20,3 % da área total da terra firme do planeta. Wikipédia População: 1,033 bilhões (2011) Área: 30.221.532 km² Países: África do Sul, Quénia, Nigéria, Egito, Marrocos, Tanzânia, Mais
Introdução Nas escolas e nos livros, costumamos estudar apenas a história de um povo africano: os egípcios. Porém, na mesma época em que o povo egípcio desenvolvia sua civilização, outros povos africanos faziam sua história. Conheceremos abaixo alguns destes povos e suas principais características culturais.
O povo Bérbere Os bérberes eram povos nômades do deserto do Saara. Este povo enfrentava as tempestades de areia e a falta de água, para atravessar com suas caravanas este território, fazendo comércio. Costumavam comercializar diversos produtos, tais como : objetos de ouro e cobre, sal, artesanato, temperos, vidro, plumas, pedras preciosas etc. Costumavam parar nos oásis para obter água, sombra e descansar. Utilizavam o camelo como principal meio de transporte, graças a resistência deste animal e de sua adaptação ao meio desértico. Durante as viagens, os bérberes levavam e traziam informações e aspectos culturais. Logo, eles foram de extrema importância para a troca cultural que ocorreu no norte do continente.
Os bantos Este povo habitava o noroeste do continente, onde atualmente são os países Nigéria, Mali, Mauritânia e Camarões. Ao contrário dos bérberes, os bantos eram agricultores. Viviam também da caça e da pesca. Conheciam a metalurgia, fato que deu grande vantagem a este povo na conquista de povos vizinhos. Chegaram a formar um grande reino ( reino do Congo ) que dominava grande parte do noroeste do continente. Viviam em aldeias que era comandada por um chefe. O rei banto, também conhecido como manicongo, cobrava impostos em forma de mercadorias e alimentos de todas as tribos que formavam seu reino. O manicongo gastava parte do que arrecadava com os impostos para manter um exército particular, que garantia sua proteção, e funcionários reais. Os habitantes do reino acreditavam que o maniconco possuía poderes sagrados e que influenciava nas colheitas, guerras e saúde do povo.
Os soninkés e o Império de Gana Os soninkés habitavam a região ao sul do deserto do Saara. Este povo estava organizado em tribos que constituíam um grande império. Este império era comandado por reis conhecidos como caia-maga. Viviam da criação de animais, da agricultura e da pesca. Habitavam uma região com grandes reservas de ouro. Extraíam o ouro para trocar por outros produtos com os povos do deserto (bérberes). A região de Gana, tornou-se com o tempo, uma área de intenso comércio. Os habitantes do império deviam pagar impostos para a nobreza, que era formada pelo caia-maga, seus parentes e amigos. Um exército poderoso fazia a proteção das terras e do comércio que era praticado na região. Além de pagar impostos, as aldeias deviam contribuir com soldados e lavradores, que trabalhavam nas terras da nobreza.
Introdução A África é um continente com, aproximadamente, 30,27 milhões de quilômetros quadrados de terras. Estas se localizam parte no hemisfério norte e parte no sul. Ao norte é banhado pelo mar Mediterrâneo; ao leste pelas águas do Oceano Índico e a oeste pelo Oceano Atlântico. O Sul do continente africano é banhado pelo encontro das águas destes dois oceanos. Informações importantes sobre o Continente Africano: - A África é o segundo continente mais populoso do mundo (fica atrás somente da Ásia). Possui, aproximadamente, 820 milhões de habitantes (estimativa 2011). - É um continente basicamente agrário, pois cerca de 63% da população habitam o meio rural, enquanto somente 37 % moram em cidades. - No geral, é um continente pobre e subdesenvolvido, apresentando baixos índices de desenvolvimento econômico. A renda per capita, por exemplo, é de, aproximadamente, US$ 850,00. O PIB (Produto Interno Bruto) corresponde a apenas 1% do PIB mundial. Grande parte dos países possui parques industriais pouco desenvolvidos, enquanto outros nem se quer são industrializados, vivendo basicamente da agricultura. - O principal bloco econômico africano é o SADC (Southern Africa Development Community), formado por 15 países: África do Sul, Angola, Botswana, República Democrática do Congo, Lesoto, Madagascar, Malaui, Maurícia, Moçambique, Namíbia, Suazilândia, Seychelles, Tanzânia, Zâmbia e Zimbábue. - Além da agricultura, destaca-se a exploração de recursos minerais como, por exemplo, ouro e diamante. Esta exploração gera pouca renda para os países, pois é feita por empresas multinacionais estrangeiras, principalmente da Europa. - Os países africanos que possuem um nível de desenvolvimento um pouco melhor do que a média do continente são: África do Sul, Egito, Marrocos, Argélia, Tunísia e Líbia. - Os principais problemas africanos são: fome, epidemias (a AIDS é a principal) e os conflitos étnicos armados (alguns países vivem em processo de guerra civil). - Os índices sociais africanos também não são bons. O analfabetismo, por exemplo, é de aproximadamente 40%. - As religiões mais presentes no continente são: muçulmana (cerca de 40%) e católica romana (15%). Existem também seguidores de diversos cultos africanos.
- As línguas mais faladas no continente são: inglês, francês, árabe, português e as línguas africanas. Geografia da África: - Principais rios: Nilo, Níger, Congo, Limpopo, Zambese e Orange. - Clima: Clima Mediterrâneo (chuvas na primavera e outono) no norte e sul; Clima Equatorial (quente e úmido) no centro. - Relevo: Monte Atlas (norte), Planalto Centro-Africano (região central), Grande Vale do Rift com altas montanhas e depressões (leste). Na região norte destaca-se o Deserto do Saara. - Cidades mais populosas: Cairo (Egito), Lagos (Nigéria), Kinshasa (R. D. do Congo), Cartum (Sudão), Johanesburgo (África do Sul) e Gizé (Egito). - Países que fazem parte do continente africano: Angola, Argélia, Botsuana, Camarões, Lesoto , Madagascar, Malawi, Maurício, Moçambique, Namíbia, Suazilândia, Zâmbia, Zimbábue, República Centro-Africana, República Democrática do Congo, Chade, Congo, Benin, Burkina Faso, Cabo Verde, Camarões, Costa do Marfim, Gabão, Gâmbia, Gana, Guiné, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Libéria, Mali, Mauritânia, Níger, Nigéria, Senegal, Serra Leoa, São Tomé e Príncipe, Togo, Egito, Líbia, Marrocos, Saara Ocidental, Sudão, Sudão do Sul, Tunísia, Burundi, Djibuti, Eritreia, Etiópia, Quênia, Ruanda, Seychelles, Somália, Tanzânia, e Uganda. Você sabia? - É comemorado em 25 de maio de cada ano o Dia da África.
Introdução A arte africana é um conjunto de manifestações artísticas produzidas pelos povos da África subsaariana ao longo da história. História e características da arte africana O continente africano acolhe uma grande variedade de culturas, caracterizadas cada uma delas por um idioma próprio, tradições e formas artísticas características. O deserto do Saara atuou e continua atuando como uma barreira natural entre o norte da África e o resto do continente. Os registros históricos e artísticos demonstram indícios que confirmam uma série de influências entre as duas zonas. Estas trocas culturais foram facilitadas pelas rotas de comércio que atravessam a África desde a antiguidade. Podemos identificar atualmente, na região sul do Saara, características da arte islâmica, assim como formas arquitetônicas de influência norte-africana. Pesquisas arqueológicas demonstram uma forte influência cultural e artística do Egito Antigo nas civilizações africanas do sul do Saara. A arte africana é um reflexo fiel das ricas histórias, mitos, crenças e filosofia dos habitantes deste enorme continente. A riqueza desta arte tem fornecido matéria-prima e inspiração para vários movimentos artísticos contemporâneos da América e da Europa. Artistas do século XX admiraram a importância da abstração e do naturalismo na arte africana. A história da arte africana remonta o período pré-histórico. As formas artísticas mais antigas são as pinturas e gravações em pedra de Tassili e Ennedi, na região do Saara (6000 AC ao século I da nossa era). arte africana Igbo-Ukwu: arte africana em bronze Outros exemplos da arte primitiva africana são as esculturas modeladas em argila dos artistas da cultura Nok (norte da Nigéria), feitas entre 500 AC e 200 DC. Destacam-se também os trabalhos decorativos de bronze de Igbo-Ukwu (séculos IX e X) e as magníficas esculturas em bronze e terracota de Ifé (do século XII al XV). Estas últimas mostram a habilidade técnica e estão representadas de forma tão naturalista que, até pouco tempo atrás, acreditava-se ter inspirações na arte da Grécia Antiga. Os povos africanos faziam seus objetos de arte utilizando diversos elementos da natureza. Faziam esculturas de marfim, máscaras entalhadas em madeira e ornamentos em ouro e bronze. Os temas retratados nas obras de arte remetem ao cotidiano, a religião e aos aspectos naturais da região. Desta forma, esculpiam e pintavam mitos, animais da floresta, cenas das tradições, personagens do cotidiano etc. Chegada ao Brasil A arte africana chegou ao Brasil através dos escravos, que foram trazidos para cá pelos portugues

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

DIA NACIONAL DA CONSCIÊNCIA NEGRA

História do Dia Nacional da Consciência Negra Esta data foi estabelecida pelo projeto lei número 10.639, no dia 9 de janeiro de 2003. Foi escolhida a data de 20 de novembro, pois foi neste dia, no ano de 1695, que morreu Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares. A homenagem a Zumbi foi mais do que justa, pois este personagem histórico representou a luta do negro contra a escravidão, no período do Brasil Colonial. Ele morreu em combate, defendendo seu povo e sua comunidade. Os quilombos representavam uma resistência ao sistema escravista e também um forma coletiva de manutenção da cultura africana aqui no Brasil. Zumbi lutou até a morte por esta cultura e pela liberdade do seu povo. Importância da Data A criação desta data foi importante, pois serve como um momento de conscientização e reflexão sobre a importância da cultura e do povo africano na formação da cultura nacional. Os negros africanos colaboraram muito, durante nossa história, nos aspectos políticos, sociais, gastronômicos e religiosos de nosso país. É um dia que devemos comemorar nas escolas, nos espaços culturais e em outros locais, valorizando a cultura afro-brasileira. A abolição da escravatura, de forma oficial, só veio em 1888. Porém, os negros sempre resistiram e lutaram contra a opressão e as injustiças advindas da escravidão. Vale dizer também que sempre ocorreu uma valorização dos personagens históricos de cor branca. Como se a história do Brasil tivesse sido construída somente pelos europeus e seus descendentes. Imperadores, navegadores, bandeirantes, líderes militares entre outros foram sempre considerados hérois nacionais. Agora temos a valorização de um líder negro em nossa história e, esperamos, que em breve outros personagens históricos de origem africana sejam valorizados por nosso povo e por nossa história. Passos importantes estão sendo tomados neste sentido, pois nas escolas brasileiras já é obrigatória a inclusão de disciplinas e conteúdos que visam estudar a história da África e a cultura afro-brasileira.
Quem foi Zumbi e realizações Zumbi dos Palmares nasceu no estado de Alagoas no ano de 1655. Foi um dos principais representantes da resistência negra à escravidão na época do Brasil Colonial. Foi líder do Quilombo dos Palmares, comunidade livre formada por escravos fugitivos das fazendas. O Quilombo dos Palmares estava localizado na região da Serra da Barriga, que, atualmente, faz parte do município de União dos Palmares (Alagoas). Na época em que Zumbi era líder, o Quilombo dos Palmares alcançou uma população de aproximadamente trinta mil habitantes. Nos quilombos, os negros viviam livres, de acordo com sua cultura, produzindo tudo o que precisavam para viver. Embora tenha nascido livre, foi capturado quando tinha por volta de sete anos de idade. Entregue a um padre católico, recebeu o batismo e ganhou o nome de Francisco. Aprendeu a língua portuguesa e a religião católica, chegando a ajudar o padre na celebração da missa. Porém, aos 15 anos de idade, voltou para viver no quilombo. No ano de 1675, o quilombo é atacado por soldados portugueses. Zumbi ajuda na defesa e destaca-se como um grande guerreiro. Após um batalha sangrenta, os soldados portugueses são obrigados a retirar-se para a cidade de Recife. Três anos após, o governador da província de Pernambuco aproxima-se do líder Ganga Zumba para tentar um acordo, Zumbi coloca-se contra o acordo, pois não admitia a liberdade dos quilombolas, enquanto os negros das fazendas continuariam aprisionados. Em 1680, com 25 anos de idade, Zumbi torna-se líder do quilombo dos Palmares, comandando a resistência contra as topas do governo. Durante seu “governo” a comunidade cresce e se fortalece, obtendo várias vitórias contra os soldados portugueses. O líder Zumbi mostra grande habilidade no planejamento e organização do quilombo, além de coragem e conhecimentos militares. O bandeirante Domingos Jorge Velho organiza, no ano de 1694, um grande ataque ao Quilombo dos Palmares. Após uma intensa batalha, Macaco, a sede do quilombo, é totalmente destruída. Ferido, Zumbi consegue fugir, porém é traído por um antigo companheiro e entregue as tropas do bandeirante. Aos 40 anos de idade, foi degolado em 20 de novembro de 1695. Importância de Zumbi para a História do Brasil Zumbi é considerado um dos grandes líderes de nossa história. Símbolo da resistência e luta contra a escravidão, lutou pela liberdade de culto, religião e pratica da cultura africana no Brasil Colonial. O dia de sua morte, 20 de novembro, é lembrado e comemorado em todo o território nacional como o Dia da Consciência Negra. História dos quilombos No período de escravidão no Brasil (séculos XVII e XVIII), os negros que conseguiam fugir se refugiavam com outros em igual situação em locais bem escondidos e fortificados no meio das matas. Estes locais eram conhecidos como quilombos. Nestas comunidades, eles viviam de acordo com sua cultura africana, plantando e produzindo em comunidade. Na época colonial, o Brasil chegou a ter centenas destas comunidades espalhadas, principalmente, pelos atuais estados da Bahia, Pernambuco, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais e Alagoas. Na ocasião em que Pernambuco foi invadida pelos holandeses (1630), muitos dos senhores de engenho acabaram por abandonar suas terras. Este fato beneficiou a fuga de um grande número de escravos. Estes, após fugirem, buscaram abrigo no Quilombo dos Palmares, localizado em Alagoas. Esse fato propiciou o crescimento do Quilombo dos Palmares. No ano de 1670, este já abrigava em torno de 50 mil escravos. Estes, também conhecidos como quilombolas, costumavam pegar alimentos às escondidas das plantações e dos engenhos existentes em regiões próximas; situação que incomodava os habitantes. Esta situação fez com que os quilombolas fossem combatidos tanto pelos holandeses (primeiros a combatê-los) quanto pelo governo de Pernambuco, sendo que este último contou com os ser­viços do bandeirante Domingos Jorge Velho. A luta contra os negros de Palmares durou por volta de cinco anos; contudo, apesar de todo o empenho e determinação dos negros chefiados por Zumbi, eles, por fim, foram derrotados. Os quilombos representaram uma das formas de resistência e combate à escravidão. Rejeitando a cruel forma de vida, os negros buscavam a liberdade e uma vida com dignidade, resgatando a cultura e a forma de viver que deixaram na África e contribuindo para a formação da cultura afro-brasileira. Comunidades quilombolas na atualidade Muitos quilombos, por estarem em locais afastados, permaneceram ativos mesmo após a abolição da escravatura em 1888. Eles deram origens às atuais comunidades quilombolas (quilombos remanescentes). Existem atualmente cerca de 1.500 comunidades quilombolas certificadas pela Fundação Palmares, embora as estimativas apontem para a existência de cerca de três mil. Grande parte destas comunidades está situada em estados das regiões Norte e Nordeste. Os integrantes das comunidades quilombolas possuem fortes laços culturais, mantendo suas tradições, práticas religiosas, relação com o trabalho na terra e sistemas de organização social próprio. Você sabia? - O decreto nº 4.887, de 20 de novembro de 2003, regulamentou em todo território nacional os procedimentos para identificação, delimitação, reconhecimento e titulação das terras ocupadas por comunidades quilombolas. Portanto, as comunidades remanescentes de quilombos já são reconhecidas e amparadas pela lei brasileira. Este mesmo decreto transferiu para o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) a função de delimitar as terras das comunidades quilombolas remanescentes. História e características O Quilombo dos Palmares foi um dos mais importantes quilombos do Período Colonial da História do Brasil. Ele surgiu e se desenvolveu na antiga capitania de Pernambuco, na região da Serra da Barriga. O auge do Quilombo dos Palmares foi a segunda metade do século XVII, embora tenha surgido no final do século XVI. Era constituído por quilombolas (escravos fugitivos das fazendas que viviam nos quilombos) que tinham sido escravos em fazendas das capitanias da Bahia e Pernambuco. Tornou-se símbolo da resistência negra à escravidão. Organização O Quilombo dos Palmares era composto por vários mocambos (núcleos de povoamento). Os principais foram: Subupira, Macaco e Zumbi. De acordo com historiadores, o Quilombo de Palmares atingiu de 15 a 20 mil quilombolas na segunda metade do século XVII. Economia Os quilombolas de Palmares viviam basicamente da agricultura de subsistência, da pesca e caça. Plantavam milho, banana, feijão, mandioca, laranja e cana-de-açúcar. Faziam também artesanato com cerâmica, tecido palha e até metais. Organização política e lideranças Alguns historiadores acreditam que o Quilombo dos Palmares tinha uma organização política semelhantes aos reinos africanos, ou seja, poder centralizado nas mãos de um líder. Ganga Zumba e Zumbi foram os líderes mais conhecidos deste quilombo. Repressão Considerando uma ameaça a organização política e social da colônia, o governo colonial organizou várias expedições para reprimir e dominar o Quilombo de Palmares. O quilombo foi dominado somente em 1695, após a investida militar do bandeirante Domingos Jorge Velho. Em 20 de novembro, Zumbi foi emboscado e morto. Dia da Consciência Negra Todo dia 20 de novembro (dia da morte de Zumbi dos Palmares) comemoramos o Dia da Consciência Negra. A data é uma referência e homenagem à Zumbi dos Palmares e a todos os negros que resistiram bravamente à escravidão. Bibliografia indicada: - Palmares, ontem e hoje Autor: Funari, Pedro Paulo Editora: Zahar Temas: História do Brasil, Cultura afro-brasileira - Mocambos de Palmares Autor: Gomes, Flávio Editora: 7 Letras Temas: História do Brasil - Palmares pelo avesso Autor: Duarte, Paulo Editora: IMESP Temas: História do Brasil

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

MANTRAS

O mantra é uma vibração sonora que usamos na maioria das vezes na meditação, mas podemos usar independente dela também.
Man, em sânscrito quer dizer mente, e Tra quer dizer liberação. Portanto, mantra quer dizer literalmente liberação da mente. O mantra é uma vibração sonora que, quando emitido corretamente, exerce um efeito poderoso em nosso corpo e nossa mente. Ele acalma nossas mentes e sentidos, relaxam o corpo e nos liga a energias superiores, pois sua vibração provoca a limpeza de energias de vibração mais baixa. O mantra é definitivamente uma palavra de poder, uma palavra sagrada, que deve ser usado com propriedade e consciência.(ver aqui) Os mantras são sons sagrados que ajudam a entrar em estado de meditação. Dotados de grande força energética, eles também nos ajudam a realizar nossos desejos. Para que funcionem bem, convém praticá-los com regularidade, desde que estejamos dignos e aptos para isto – diariamente, ou pelo menos em dias alternados. Um mantra deve ser repetido 8 ou 108 vezes, porém à casos em que um mantra repetido por inúmeras vezes, ou acima de sete vezes, perde seu poder e em outros casos só devem ser utilizados em perigo eminente, pois não devemos utilizar o nome de Deus em vão. A pronúncia correta é muito importante para que ele se mostre eficaz, pois os mantras estão em idioma sânscrito, a língua sagrada dos hindus. Assim, onde aparece a letra h, repita como se fosse rr. Salvo alguns casos em que representa j exalada.(ver aqui ) A força do mantra reside em sua entonação correta e na mentalização adequada. O OM o mais conhecido dos mantras, foge a todas as regras gramaticais expostas, pois é considerado a síntese de todos os sons.
Existem na tradição indiana centenas de mantras e o uso de cada um tem uma finalidade específica. Para quem deseja iniciar-se nesta prática seguem algumas indicações: Sente-se numa posição confortável e procure relaxar concentrando sua respiração no abdômen. A seguir, vocalize o mantra durante um tempo mínimo de três minutos. Esta é a forma mais aconselhável para potencializar o mantra, mas se não puder dizê-lo em voz alta, sussurre-o ou apenas mentalize-o.
.: OM MANI PADME HUM (mantra para harmonizar os chakras e iluminação) .: OM MANE PADME HUM HRI .: OM BABAGI AH HUM (mantra para iluminação, sabedoria, amor e desapego) .: OM YAMANTAKA HUM PHAT (mantra dque elimina os padrões mentais negativos) .: OM HRIM GAURYAI NAMAH (mantra para desenvolvimento em todas as áreas) .: OM SRI GOVINDAYA NAMAH (mantra para felicidade e riqueza) .: OM AH RA PA TSA NA DHI .: OM TARE TUTTARE TURE SVAHA .: OM VAJRASATTVA HUM .: OM AH HUM (mantra para iniciação a ioga) .: OM DHUPE AH HUM (mantra para oferecer incensso) .: OM KALI AH HUM (mantra saudação á Divindade) .: OM WAGI SHORI MUM .: OM AIM HRIM SRIM KLIM SOU HU OM (mantra chakra coroa) .: OM KRIM NAMAHA (mantra chakra olho) .: OM SO HU NAMAHA (mantra chakra garganta) .: OM AIM HRIM KLIM CHAMUNDAYE VICHE (mantra chakra coração) .: OM SRIM NAMAHA (mantra chakra plexo) .: OM HRIM NAMAHA (mantra chakra alma) .: OM AIM NAMAHA (mantra chakra base) .: OM SANAT KUMARA AH HUM (mantra para força e coragem) .: OM CHANDRAYA NAMAH ( mantra para tranqüilidade e clareza de raciocínio) .: OM TARE TUTARE TURE SOHA (mantra Tara, que contém todos os 21 mantras Tara, harmonia, paz, amor, prosperidade, cura, proteção, etc.) .: OM TARE TUTARE TURE DZAMBEH MOHEH DANA METI SHRI SOHA (mantra de Tara para a prosperidade) .: OM BEMA TARE SENDARA HRI SARVA LOKA WASHUM KURU HO (mantra de Tara para evoluir) .: OM TARE TUTARE TURE SARVA ATA SIDDHI SHIDDHI KURU SOHA (mantra de Tara para pedidos) .: OM VAJRASATTVA HUM (mantra para purificar e esvaziar a mente) .: OM SRI GANESHAYA NAMAH (mantra para proteção, prosperidade, desobstrução e qualquer pedido) .: OM SRI KALIKAYA NAMAH (mantra transformador: Karma e auto limitações) .: OM NAMAH SHIVAYA (mantra transformador: Karma e Auto limitações) .: OM SRI MAHALAKSHMYAI NAMAH (mantra para a prosperidade) .: OM SRI SARASWATTI NAMAH (mantra para pedir iluminação e desenvolvimento intelectual) .: OM NARAYANAYA VIDMAHE VASUDEVAYA DHI MAHI TANNO VISHNU PRACHODAYA (mantra para proporcionar força, crescimento, bem estar espiritual, físico, mental e emocional. .: OM HRIM BRAHMAYA NAMAH (mantra para elevar o estado de animo, para felicidade) .: OM KLIM KRISHNAYA NAMAH (mantra para termos paz, coragem e poder) .: AUM SOM SOMAYE NAMAH AUM (mantra para controlar nosso psiquismo, transmutar a energia solar em energia visual, magnética e protetora) .: Mantras que canalizam a energia solar: renova: metabolismo, vigor físico, emocional e mental. . OM BHUR BHUWAH SWAH . TAT SAVITUR VARENYAM . BHARGO DEVASYA DHIMAHI . DHIYO YO NAH PRACHODAYAT .: AUM BRING HANSAH SURYAYE NAMAH AUM (mantra para purificação, iluminação, prosperidade e revitalizante) .: HÃMURÃBI ÕM SHIKTË SANSALA PHRÃSHIVATA ( mantra para obter vitória ) .: OH HA HUM VAJRA GURU PADME SIDDHI HUM .: OH AH MA RA NI JI VAN TI YE SVAHA .: PÃLAYATI GRHA ARI OM ( mantra para proteger a casa dos inimigos ) .: PÃLAYATI GRHASTHA ARI OM ( mantra para proteger o dono da casa dos inimigos ) .: GATE GATE PARAGATE PARASANGATE BODHI SVAHA .: TATYATA OM MUNI MUNI MAHA MUNI SHAKYAMUNIYE SVAHA .: RAM YAM KAM (mantra para equilibrar as energias do ambiente) .: ALMANAH MARE ÃLBEHA AREHAIL ( mantra para proteção ) (ver aqui ) O Mantra OM