contador de visitas

Seguidores

Quem sou eu

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

O significado do Laço Vermelho




Transformar o 1º de dezembro em Dia Mundial de Luta Contra a Aids foi uma decisão da Assembléia Mundial de Saúde, em outubro de 1987, com apoio da Organização das Nações Unidas – ONU. A data serve para reforçar a solidariedade, a tolerância, a compaixão e a compreensão com as pessoas infectadas pelo HIV/aids. A escolha dessa data seguiu critérios próprios das Nações Unidas. No Brasil, a data passou a ser adotada, a partir de 1988, por uma portaria assinada pelo Ministro da Saúde.

Porque o laço vermelho como símbolo?

O laço vermelho é visto como símbolo de solidariedade e de comprometimento na luta contra a aids. O projeto do laço foi criado, em 1991, pela Visual Aids, grupo de profissionais de arte, de New York, que queriam homenagear amigos e colegas que haviam morrido ou estavam morrendo de aids.

O Visual Aids tem como objetivos conscientizar as pessoas para a transmissão do HIV/aids, divulgar as necessidades dos que vivem com HIV/aids e angariar fundos para promover a prestação de serviços e pesquisas.

O laço vermelho foi escolhido por causa de sua ligação ao sangue e à idéia de paixão, afirma Frank Moore, do grupo Visual Aids, e foi inspirado no laço amarelo que honrava os soldados americanos da Guerra do Golfo.

Foi usado publicamente, pela primeira vez, pelo ator Jeremy Irons, na cerimônia de entrega do prêmio Tony Awards, em 1991. Ele se tornou símbolo popular entre as celebridades nas cerimônias de entrega de outros prêmios e virou moda. Por causa de sua popularidade, alguns ativistas ficaram preocupados com a possibilidade de o laço se tornar apenas um instrumento de marketing e perdesse sua força, seu significado. Entretanto, a imagem do laço continua sendo um forte símbolo na luta contra a aids, reforçando a necessidade de ações e pesquisas sobre a epidemia.

Hoje em dia, o espírito da solidariedade está se espalhando e vem criando mais significados para o uso do laço.

Inspirado no laço vermelho, o laço rosa se tornou símbolo da luta contra o câncer de mama. O amarelo é usado na conscientização dos direitos humanos dos refugiados de guerra e nos movimentos de igualdade. O verde é utilizado por ativistas do meio ambiente preocupados com o emprego da madeira tropical para a construção de sets na indústria cinematográfica. O lilás significa a luta contra as vítimas da violência urbana; o azul promove a conscientização dos direitos das vítimas de crimes e, mais recentemente, o azul vem sendo adotado pela campanha contra a censura na internet.

Além da versão oficial, existem quatro versões sobre sua origem. Uma delas diz que os ativistas americanos passaram a usar o laço com o “V” de Vitória invertido, na esperança de que um dia, com o surgimento da cura, ele poderia voltar para a posição correta. Outra versão tem origem na Irlanda. Segundo ela, as mulheres dos marinheiros daquele país colocavam laços vermelhos na frente das casas quando os maridos morriam em combate.

Com todas essas variações, o mais importante é perceber que todas essas causas são igualmente importantes para a humanidade.

domingo, 27 de novembro de 2011

O QUE VOCÊ SABE SOBRE A AIDS?





O vírus da imunodeficiência humana HIV-1 e HIV-2 são membros da família Retroviridae, na subfamília dos lentivírus. Vários estudos epidemiológicos têm demonstrado que a via sexual é a forma de transmissão predominante do HIV, através da exposição a secreções contagiosas que contenham o vírus e/ou células infectadas. Outra forma significativa de transmissão ocorre através de exposição parenteral a sangue, hemoderivados ou tecidos infectados pelo HIV, assim como também desta forma ocorre a transmissão perinatal. Apesar de já se ter isolado o HIV a partir de secreções e tecidos de diversas origens, o potencial de infectividade destas fontes de isolamento mostra-se bastante limitado. Por exemplo, a saliva contém enzimas e outras substâncias que inativam o HIV, sendo, portanto, muito improvável que o transmita. O contato casual não é associado à transmissão do HIV, devido à não exposição, nestas circunstâncias, ao sangue ou a outros fluidos corporais contagiosos. Estudos epidemiológicos e parasitológicos têm refutado a teoria de que mosquitos e outros insetos pudessem ser vetores de transmissão do HIV.

Em 1986, foi detectado em Lisboa, Portugal, em indivíduos procedentes de Guiné-Bissau e Cabo Verde (ilhas portuguesas situadas a oeste da África Ocidental), um novo retrovírus humano, chamado HIV-2.

Posteriormente, em 1987, o HIV-2 foi detectado em seis diferentes países europeus. Em junho de 1987, o HIV-2 foi detectado por Veronesi e Cols, pela primeira vez nas Américas, em São Paulo, Brasil.

O HIV-2 é extremamente raro entre doadores de sangue dos EUA (três positivos entre 74 milhões de doadores de sangue e plasma). Também no Brasil é raro o encontro de HIV-2 em bancos de sangue.



Fatos importantes sobre a disseminação da AIDS:

A AIDS é a sexta causa de morte entre pessoas de 25 a 44 anos nos Estados Unidos, depois de ser a número um em 1995.
A Organização Mundial da Saúde estima que mais de 25 milhões de pessoas em todo o mundo morreram devido a essa infecção desde o começo da epidemia
Em 2008, havia aproximadamente 33,4 milhões de pessoas em todo o mundo vivendo com HIV/AIDS, incluindo 2,1 milhões de crianças com menos de 15 anos.
O vírus da imunodeficiência humana (HIV) provoca AIDS. O vírus ataca o sistema imunológico e deixa o corpo vulnerável a uma série de infecções e a vários tipos de câncer que apresentam risco de vida.



O que é AIDS ?

É uma doença que ataca o sistema imunológico devido à destruição dos glóbulos brancos (linfócitos T CD4+). A Aids é considerada um dos maiores problemas da atualidade pelo seu caráter pandêmico (ataca ao mesmo tempo muitas pessoas numa mesma região) e sua gravidade.

Qual o agente envolvido?

A infecção se dá pelo HIV, vírus que ataca as células do sistema imunológico, destruindo os glóbulos brancos (linfócitos T CD4+). A falta desses linfócitos diminui a capacidade do organismo de se defender de doenças oportunistas, causadas por microorganismos que normalmente não são capazes de desencadear males em pessoas com sistema imune normal.

Quais os sintomas?

Os primeiros fenômenos observáveis são fraqueza, febre, emagrecimento, diarréia prolongada sem causa aparente. Na criança que nasce infectada, os efeitos mais comuns são problemas nos pulmões, diarréia e dificuldades no desenvolvimento.

Fase sintomática inicial: candidíase oral, sensação constante de cansaço, aparecimento de gânglios nas axilas, virilhas e pescoço, diarréia, febre, fraqueza orgânica, transpirações noturnas e perda de peso superior a 10%.

Infecção aguda: sintomas de infecção viral como febre, afecções dos gânglios linfáticos, faringite, dores musculares e nas articulações; ínguas e manchas na pele que desaparecem após alguns dias; feridas na área da boca, esôfago e órgãos genitais; falta de apetite; estado de prostração; dores de cabeça; sensibilidade à luz; perda de peso; náuseas e vômitos.



Como se transmite?

O HIV pode ser transmitido pelo sangue, esperma e secreção vaginal, pelo leite materno, ou transfusão de sangue contaminado. O portador do HIV, mesmo sem apresentar os sintomas da aids, pode transmitir o vírus, por isso, a importância do uso de preservativo em todas as relações sexuais.

Como tratar?

A Aids não tem cura, mas os portadores do HIV dispõem de tratamento oferecido gratuitamente pelo Governo. Ao procurar ajuda médica, em um dos hospitais especializados em DST/Aids, o paciente terá acesso ao tratamento anti-retroviral. Os objetivos do tratamento são prolongar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida do paciente, pela redução da carga viral e reconstituição do sistema imunológico. O atendimento é garantido pelo SUS, por meio de ampla rede de serviços.

O Brasil distribui 15 medicamentos anti-retrovirais na rede pública de saúde. Esses medicamentos retardam o aparecimento da aids e possibilitam maior qualidade de vida ao portador do vírus. Os anti-retrovirais agem na redução da carga viral e na reconstituição do sistema imunológico.

Como se prevenir?

Para evitar a transmissão da Aids, recomenda-se uso de preservativo durante a relação sexual, uso de seringas e agulhas descartáveis, teste prévio no sangue a ser transfundido e uso e luvas quando estiver manipulando feridas ou líquidos potencialmente contaminados. As gestantes devem fazer o teste de aids e começar o pré-natal o mais cedo possível.



O Brasil tem, aproximadamente, 600 mil portadores do vírus da aids, o HIV. Segundo previsão do Banco Mundial o Brasil teria 1,2 milhão de infectados pelo HIV no ano 2000. Dos 600 mil portadores do HIV, incluem-se as pessoas que já desenvolveram aids e excluem-se os óbitos. Diferente da notificação dos casos de aids, os dados de HIV são estimados, portanto, não estão disponíveis informações sobre as principais vias de infecção pelo HIV. Em média, a pessoa infectada pelo HIV demora entre 8 e 10 anos para começar a desenvolver os sintomas de aids. Só então ela é notificada como um novo caso de aids.



Os projetos de assessoria jurídica têm papel fundamental na batalha pela defesa dos direitos das pessoas que vivem com HIV/aids. Essas instituições (clique aqui) recebem denúncias, assessoram vítimas de discriminação e preconceito social e tomam providências cabíveis nos casos em que os direitos desse cidadão são, de alguma forma, lesados.



IMPORTANTE Somente um médico pode diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. As
informações disponíveis em Dicas em Saúde possuem apenas caráter educativo.


Fonte:
- Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Glossário de doenças: tópicos de A a Z.
- Ministério da Saúde. Fundação Oswaldo Cruz. Glossário de doenças.

Sugira um tema: grupofocal@saude.gov.br
Créditos: Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde